20 de fevereiro de 2012

Cipreste do Marcos

        Essa planta, a Chamaecyparis Obtusa Nana Gracilis, ou também conhecida como tuia anã, falso cipreste, ou cipreste anão, ou ainda cipreste hinoki, é do amigo e câmera Marcos Gomes, o Marquinhos, do programa Saúde & Beleza o qual venho apresentando o quadro Paisagiem-se semanalmente às quartas-feiras a partir das 8h30 da manhã. Para confeirir os vídeos dos programas, é só clicar aqui, e para conferir as matérias sobre paisagismo, é só vir aqui.
         Essa planta, como qualquer outra conífera, precisa de muito sol, gosta de umidade, mas sem excesso de água e vai bem em nosso clima de altitude como é Nova Friburgo.
       Como pedido do Marcos, fiz a estilização dessa planta em estilo fukinagashi - varrido pelo vento. Conforme a planta for se desenvolvendo, vamos compactando e trabalhando a densificação dela, lembrando que toda parte verde deve pegar sol, com perigo de secar caso não receba luz solar necessária. 
          Seguindo ainda a vontade dele, esta planta permanecerá desse tamanho, aproximadamente 15cm. 
       O próximo passo é colocar a planta na mamadeira sem mexer nas raízes, ela precisa se fortalecer, embora esteja brotando não suportaria uma mudança de vaso e intervenção nas raízes, por isso a mamadeira com matéria orgânica e bem drenante para o raizame fino que virá. E no futuro um vaso redondo e abaulado castanho escuro, acho que ficaria bom.
          Vamos às fotos?!
 

Grande abraço, 
Leonardo Couto

17 de fevereiro de 2012

Tuia stricta à moda alpina

Antes de mais nada, espero que todos tenham tido um início de ano muito bom e que a energia esteja a mil, afinal estamos entrando no carnaval!!!
Eu como não vou pular, resolvi dar meus pulos em algo desafiador:  a estilização de uma Tuia Stricta ou conhecida também com Cipreste de Florença.

Trabalhar essa planta foi desafiador devido a grande densidade de sua copa que tinha visão zero das possibilidades de desenho, não tinha como ver por onde começar, que tipo de estrutura seguir, qual a linha de tronco melhor... e demais premissas. Se já não bastasse a visibilidade nula da planta, ainda tinha o inconveniente da dureza de suas agulhas, que duras e finas espetavam ardidamente qualquer parte do corpo que as tocasse.

Mas desafio criado, o negócio foi meter a mão na massa e ver por onde começar.
Uma coisa eu tinha certa, queria uma planta com a cara dos Alpes, esguia, madeira morta e patamares definidos.

Dessa forma os galhos mais baixo foram logo descartados, assim como os do topo para a realização dos ten-jins. Eliminados os muito baixos e os muito altos, chegou a hora de analisar quais ficariam para crias os patamares verdes.
Como a árvore nesse estilo tem seus galhos em ângulos próximos dos 45º de inclinação perante ao tronco principal em direção ao solo, logo iríamos aproveitar os ramos mais altos, para então baixá-los à posição pretendida. Assim sendo mais galhos baixos foram removidos.
A partir daí começamos a vislumbrar um caminho para a árvore. A existência de dois ramos bem desenvolvidos e verticalizados fez com que eu optasse pela utilização de amos, fazendo referência ao estilo sokan, porém com início mais a cima da base do tronco, tronco este com bastante presença de jins que serão trabalhados ao longo do tempo.

Para aramação deixei a planta dois dias sem rega, o que fez com que ela ficasse mais maleável para dobragem, foi um processo até bem mais fácil do que eu imaginava, e fui preenchendo os espaços de acordo com o que eu desejo de área verde!!
Agora é deixar compactar e se recuperar, pretendo que essa árvore fique com 30cm em um vaso castanho quadrado de bordas masculinas!!


Fiquem com um rápido antes e depois e o vídeo mostrando todos os lados!!!
Até o próximo post!!
Aguardo os comentários,
Forte abraço,

Leonardo Couto